A primeira coisa que a escola precisa é quebrar a barreira entre o aluno e a máquina. “São pessoas que não participaram dessa revolução da informática. Muitos têm até receio de ligar o PC.
O ritmo é mais lento, o professor precisa ser mais paciente”, destaca a diretora de marketing da Infobrother, que oferece o curso desde setembro do ano passado, Ana Huang.
Com o intuito de atrair a chamada Boa Idade, a Visual Média, que trabalha com licenciamento de modelos de ensino, lançou o curso Proibido para menores de 40 anos, também no final de 2008.
De acordo com o diretor da Cebrai Informática, uma das dez licenciadas em Pernambuco, Michel Uchimura, o curso para idosos não muda em relação aos outros porque o método em si já é diferenciado. Em horário pré-marcado, o aluno tem à disposição uma máquina onde acessa a aula interativa através de login e senha salvos em Cds.
Não há uma aula tradicional. O aluno vai conhecendo a ferramenta através das explicações dadas na própria tela do PC, e um monitor está sempre à disposição para tirar dúvidas em particular. “É um método que respeita o ritmo de aprendizado do aluno, pois ele não precisa acompanhar o colega e só passa para a próxima etapa se entender o conteúdo. Todo dia, há uma avaliação no próprio sistema e a aula começa, na próxima vez, de onde a pessoa parou”, explica Michel
“Nosso sistema de ensino envolve esse público porque tem locução e animação, além de abordar situações do cotidiano. Por exemplo, no curso de Excel, como fazer cálculo das despesas domésticas? Ensinamos em cima do projeto, não nos preocupamos tanto com a ferramenta porque se a versão dela mudar, o aluno já reteve os conceitos principais”
Salienta o executivo da Visual Media, Luciano Cornette Nogueira, cuja ferramenta simula os softwares mais conhecidos do mercado para o aprendizado.
Na Microlins, a proporção de um aluno por máquina também não é dispensada no curso Melhor Idade Conectada, disponível em cinco franquias da empresa no Estado. Segundo o diretor de três filiais Microlins em Pernambuco, Hélio Saruhashi,
“eles têm que quebrar a idéia de que computador é um monstro”.
Da 1h30 de aula, 30 minutos são dedicados à digitação para familiarizar os idosos com o teclado e os caracteres do mundo da informática. Saruhashi destaca que são turmas de, no máximo, 12 alunos, com atividades e exercícios específicos.
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